Felizmente somos seres humanos dotados do sentimento de bondade. Todos, sem exceção, tem dentro de si um lado bom. Mesmo aqueles que vivem praticando atos de maldade ou crueldade, são seres humanos assim como nós, pessoas que em algum momento de suas vidas deixaram que seu lado bom fosse sobreposto pelo mal, seja pela desigualdade social, por abusos constantes, por fome, por falta de amor, por carência, ou até mesmo por inveja.
Não importa o tipo de sofrimento ou provação impostos, naturalmente o instinto de defesa lhes tornan alertas e incuti em suas mentes o preceito de que “a melhor defesa é o ataque”.
Nós, que nos consideramos boas pessoas, generosas, honestas, trabalhadoras e acima de qualquer suspeita, também temos nossos momentos de raiva, ira e até sentimentos de vingança, mas que diante destes pensamentos obscuros, somos dignos de perdão e entendimento por sermos bondosos.
Mas o que é realmente ser bom? É ajudar com freqüência entidades carentes? É doar roupas, objetos ou alimentos aos mais necessitados? É contribuir com dinheiro organizações sem fins lucrativos? É somente isso?
Quem de nós, num momento crítico, tivemos a capacidade de olhar com olhos de bondade para nosso inimigo? Questionarmos os motivos daquela atitude? Porque ao contrário de sentirmos medo daquele ser humano, que talvez nunca tenha se sentido digno de coisa alguma, não lhe concedemos o benefício da dúvida? Sem transmitirmos a ele toda nossa sensação de raiva e desprezo?
Cada um é o que é, mas nunca saberemos de fato, se teremos o privilégio e a satisfação de resgatarmos uma alma atormentada, sem lhe dirigir o olhar da verdadeira bondade.
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