quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Estes olhos teus...

Sinto um toque azulado assim que me olha.
É como se perder na imensidão do céu de Outono, quando a tarde está límpida e calma.
Teus olhos têm várias nuances de azul, desde o mais escuro como as profundezas do mar, ao mais claro, iguais as manhãs de verão em que o sol brilha intensamente.
Tem na força do olhar um impacto sobre os meus sentimentos. Dependo exclusivamente da forma como me fita. Sou uma espécie de ser que responde de acordo com o tempo.
Se há tempestade em teu olhar, há medo em mim. Se perceber angústia, me sinto triste. Se notar alguma dor, me desespero. Mas se vejo alegria, pois você sorri também com os olhos, minha alma fica em paz e feliz.
Que poder é este que exerce sobre mim, que com um simples olhar pode me transformar? Será a beleza destes olhos teus, tão expressivos?
Ainda que mudem com relativa frequência por teus inconstantes estados de humor, nunca perdem a magia de me comunicar perfeitamente o que tem dentro de ti. Não precisa de palavras para se fazer entender.
E assim, como teu escravo, vivo a mercê de teus olhares, pois o meu próprio é tão significativo quanto um céu deserto, sem estrelas, sem brilho e sem luz.