Quando você nasceu, tão pequena, mas ao mesmo tempo tão assustadoramente viva, olhei para seu rostinho enrugado e me emocionei tanto que até senti medo. Tive um medo profundo de te apresentar ao mundo, este lugar tão inseguro, assim como eu o via. Também tive medo de falhar, de não ser capaz de te proteger, de não corresponder às suas expectativas. A única coisa concreta que tinha para lhe dar era o meu amor. Esse amor intenso e inexplicável que brotou instantaneamente no momento que você chegou aos meus braços. Você e eu, seres tão frágeis descobrindo uma à outra, se conhecendo e se sentindo.Como é que eu, que ainda era filha, pude me tornar mãe?Como se faz para ser mãe?Como poderia eu, ser responsável por sua vida?Como, se nem ao menos sabia viver a minha própria?Como eu saberia o que você queria, se você não me falava? Você só chorava.... e eu também...Mas o tempo foi passando e o amor, com sua imensa sabedoria, me mostrou os " comos " e me deu algumas respostas.Hoje, passados onze anos, ainda cultivo alguns medos e inseguranças a seu respeito. Porém, aprendi que juntas e com muito amor, derrubaremos as barreiras e enfrentaremos as dificuldades que porventura surgirem. Sei que não sou mais sábia que você, apenas mais velha, por isso te peço que siga comigo o caminho da vida, que se encarregará de nos guiar e nos auxiliar no que for preciso.
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