Seguia eu, pelo caminho mais longo do parque, quando imersa em meus pensamentos, ouvi um ruído vindo de uma das árvores. Olhei com atenção na direção do som e percebi que o vento sacudia os galhos da árvore e ela lançava ao chão algumas de suas flores e folhas.
Fiquei admirando uma das belas flores amarelas, que flutuando e girando no ar, ia em direção ao chão. Segui o trajeto lento e gracioso da flor e estendi o braço no momento em que ela chegaria ao chão e ela delicadamente pousou na palma de minha mão. Ela era majestosa e bela, de um vibrante amarelo e trazia consigo uma pequena folha verde clara presa a seu cabo.
Fiquei maravilhada com a beleza daquela flor e resolvi levá-la comigo. Tomei a trilha novamente e prossegui com meu passeio até o fim do parque.
Contudo, ao chegar no portão de saída, notei que a flor havia murchado, assim como sua pequena folha, perdendo grande parte de sua beleza. Ela deixou a vibrante cor para tornar-se meio escurecida e sem brilho.
Naquele momento, percebi que a beleza e pureza daquela flor, estavam exatamente no fato de fazer parte da grande árvore, que em harmonia, uma completava a outra. E a natureza, perfeita no ciclo da vida, havia desprendido a bela flor, pois seu tempo ali havia se acabado e já era a hora da transformação.
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