Dentre os muitos defeitos que tenho o que mais me incomoda, certamente, é a insegurança. Não em todos os sentidos de minha vida, mas principalmente no campo emocional. Tenho medo do desconhecido, daquela sensação de incerteza. E isto acaba sendo um grande paradoxo.
No amor, assim como na paixão, não existem certezas. Ninguém sabe o acontecerá ou o que virá. É impossível prever o futuro de uma relação.
Embora eu saiba que é exatamente aí que mora o tempero essencial, me assusto e me retraio. Por vezes deixo de viver algo muito bom, perdendo coisas maravilhosas.
Penso que a teoria é muito mais simples e fácil que a prática. Pois, se escolhesse a prática, inevitavelmente me colocaria na linha de frente.
Contudo, teria mais experiências agradáveis do que apenas imaginar como seria. Viver escondida num baú, ou atrás de portas de armários, em barreiras intransponíveis para poder me preservar, nunca me trará nada além, é claro, de que possíveis romances e vagas idéias do amor.
Infelizmente, não existe nenhum poema nisto. O que realmente há, mesmo que me doa reconhecer, é uma tremenda covardia. Um medo irracional de viver e de experimentar emoções diferentes.
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