domingo, 12 de outubro de 2008

Sou eu quem te procuro, ou é você quem me acha?

(Numa louca e juvenil paixão, onde nada é proibido, levanta-se o véu do futuro amor... Nada sabemos do futuro! Só podemos juntar fragmentos, como num quebra-cabeças, para depois nos agarrar ao que sobrou das peças.)
O passado, às vezes, veste roupas solenes e cheias de significados. Empenha-se em se tornar bem apessoado e apresentável. Usa seu melhor perfume, marcante e inconfundível.
É assim que ele vem a mim. Vivo.
Quando isso acontece, sinto uma leve torção no estomago. Falta-me o ar e meus sentidos se embaralham. Quase posso tocar as imagens que minha mente projeta. Tudo se apresenta tão real que é como voltar no tempo.
Então, numa súbita e esmagadora saudade, me pergunto: Onde anda você?
E me recordo de cada palavra dita (mesmo depois de tantos anos), de sorrisos trocados, da sensação de sua boca faminta, de seu abraço urgente e do seu cheiro.
Ah... O seu cheiro singular. Um misto de perfume masculino com fumaça de cigarro, tudo bem incorporado ao seu próprio perfume. Simplesmente arrasador.
Onde anda você?
... onde anda este corpo, que me deixou louca de tanto prazer....
A lembrança de seu jeito de me dizer as coisas, mesmo as mais duras, para depois me enlaçar e me beijar como se fosse meu dono. Me protegia, me assaltava e me tornava frágil. Me tornava sua. E eu consentia de bom grado.
Eu fui sua. Fui sim...
... e por falar em paixão, em razão de viver, você bem que podia me aparecer...
Onde anda você?
Só quem viveu um grande amor, pode saber para onde as lembranças nos levarão!!!


http://br.youtube.com/watch?v=7bJks1r14yg

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