Tudo começou com uma despretensiosa viagem ao litoral norte de São Paulo. Foi tão despretensiosa que continua até hoje, talvez não da mesma forma, mas continua e com a maioria dos personagens. Ocorreram mudanças durante todo este tempo, alguns sumiram, outros estão sempre presentes e ainda outros são vistos eventualmente.
Durante esse período, tiveram grandes conquistas e descobertas, rolaram vários romances, uns duraram outros não. Mas o mais importante foram os sentimentos que nasceram desta história, aqueles que uniram pessoas tão diferentes, com a finalidade de torná-las mais felizes. Criaram-se famílias....vejam só....Vieram os novos integrantes, que já deixaram de ser bebes e passaram a adolescentes.
Assim é o tempo...Ele passa e não percebemos , não notamos que estivemos em constantes mudanças, nos tornamos mais sóbrios, responsáveis e acabamos esquecendo as coisas simples da vida. Começamos a dar mais valor ao “progresso” e conquistas pessoais, acumulamos bens materiais, trocamos de carro, de casa, de empregos, buscando sempre o “melhor” para nós...
Mas quando nos damos conta, já não somos mais jovens,nem cheios de energia e disposição para a vida e a alegria, pois acumulamos “bens” e não “bons” momentos, em algum lugar nós os perdemos por não prestarmos atenção a cada um deles e acabamos ficando insensíveis, cegos e egoístas.
Depois nos perguntamos: Como isso aconteceu?
Como não tivemos a capacidade de nos envolvermos mais com as coisas realmente importantes?
Simplesmente não mantivemos conosco a mesma disposição e boa vontade de quando éramos mais jovens e mais cheios de esperanças.
Penso que a maturidade é uma forma cruel de nos apontar os erros cometidos no caminho, para que possamos ajustar nossas vidas e percebermos o quão é importante o “agora” e o que devemos fazer com nosso tempo, nossas vidas e nossos sonhos.
Acho que os sonhos não morrem, assim como os verdadeiros sentimentos. Eles são apenas guardados em caixas e arquivados, assim, quem sabe um dia, possamos resgatá-los e apreciar estes bens tão preciosos que nos dão razão para viver.
Ainda me lembro daquela viagem...
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