sexta-feira, 8 de julho de 2011

Nave espacial





Lá estava ela... a grande nave espacial patindo para sua viagem ao espeço sideral...





Um pequeno, na verdade, pequenissimo aperto no peito de Ludmilla, se fazia presente, insistente, perturbador. Algo naquilo tudo era tão nostálgico. Como se fosse a partida de um grande e desabitado amor em direção ao infinito.





Isto lhe trazia algumas lembranças. Lembranças que faziam seus olhos arder com o principio de algumas lágrimas.





Ludmilla afagou sua estola de pele (falsa) de raposa e foi imediatamente remetida a um passado distante. Na epoca em que se sentia meio jovem, meio magra, meio triste. As lembranças se derramaram como as lágrimas impertinentes que insistiam em cair de seus olhos borrados de rímel.





Ela sentiu algo desabando... (Desculpe... foi o salto do sapato afundando na grama tenra do terreno macio).





Voltando...





Ela consegui lembrar (afinal é um pouco complicado lembrar de algumas coisas que aconteceram quando esteve bebada) de acontecimentos que marcaram sua meia vida tão cheia de meios amores e partidas inteiras. Naves que partiram repletas de tripulantes (loiros, morenos, mulatos,etc..) e que deixaram um enorme vazio no peito (tamanho 48) seguidos imediatamente de uma vontade incontrolável de tomar um porre. Affffffffffffffff. Chega de memórias tristes!





Ela conseguiu se recompor... limpou os olhos, secou as lágrimas, passou seu batom rosa-malva-envelhecido (combinando com o esmalte) e se olhou no pequeno espelho de seu pó-de-arroz/pó compacto e lançou um sorriso ao mundo. Ela estava de volta ao ponto de partida. Meio solta, meio gorda, meio feliz e sempre, mas sempre mesmo... na meia idade!










* nota da autora: Ludmilla não se importa com a nova ortografia, afinal ela não é nova é apenas meio nova.

Um comentário:

Tatiele disse...

Quaquaqua... adorei Lud... Meio certa, meio errada, mas nunca, nunca mesmo meio escondida. Se declara Lidmilla!!!!!